Religião, “ópio do povo”?
Nunca se viu o crescimento de seitas e denominações religiosas como hoje em dia.
Se pesquisarmos um pouco, chegaremos à conclusão de que existe uma para cada gosto e personalidade.
Só posso falar sobre o segmento que conheço melhor: O Cristão/Protestante.
Existe uma infinidade de opções, indo da mais tradicional e rigorosa, repleta de dogmas e proibições, a mais “flexível”.
Mesmo dentro de ambos os segmentos, existem ramificações geradas por insatisfação de um (ou vários) membro (s) e conseqüente saída, dando assim inicio a uma nova denominação.
Concordo que a religião pode atuar como fator alienatório quando mal utilizada, *vide casos de tragédias, suicídios em massa “aconselhados” pelo líder de uma seita.
O que deve haver é a crença cega em Deus, e não nos dogmas desta ou daquela denominação. Aceitar sem questionar determinados preceitos da religião escolhida __antes de converter-se__ a longo prazo pode levar a desilusão e a sensação de que fomos enganados, dando origem ao que o mundo cristão chama de “crente borboleta” (pousa de “flor” em “flor”).
Religião não é brincadeira, não é passa-tempo, nem porto seguro apenas para os momentos de aflição, é um estilo de vida.
Por ele seremos julgados, embora satisfações mesmo só devamos a Deus e não a homens tão ou mais falhos que nós. Mas Nele precisamos crer, sem dúvidas!
Só quem já passou por momentos realmente dolorosos sabe do que falo.
Ultrapassar esses momentos sozinho é bem difícil, quando não impossível para a maioria dos mortais. A sensação de desamparo, de não ter onde agarrar-se é uma das piores coisas que existem.
Ter fé nos dá esperanças, nos motiva a prosseguir quando tudo em volta parece ter ruído e todas as portas fecharam-se. Dizem que “se conselho fosse bom”...
Por isso, não é um conselho, apenas uma sugestão:
Busque Deus. Conheça-O. Apegue-se a Ele.
Eu tenho a minha religião, você tem a sua? Não importa.
Mas procure saber onde está pisando, mesmo na fé devemos ser objetivos, saber o que buscamos e esperamos.
Até que ponto aceitaremos mudanças e restrições em nossa vida, se for o caso.
Pesquise, pergunte, questione. Saiba tudo que há para saber sobre a religião que pretende abraçar e viva-a no teu cotidiano, não apenas na igreja perante os irmãos.
Permita que haja coerência entre o que você prega e suas atitudes.
Não busque a perfeição. Busque a intimidade com Deus.
Ela, melhor do que ninguém te mostrará o caminho a percorrer.
Que para você, religião não seja “ópio”, mas sim lucidez.
Deus nos abençoe a todos.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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5 comentários:
Bom dia Tita, sou amiga da Vanuza.Passeando por seu blog na madrugada... Aqui a chama da fé nunca se apaga e venho trazer meu carinho e inundar-me dessa LUZ! Tenho a minha religião, onde busco em seu aprendizado a superar os percalços... Faz parte da "Nossa" evolução espiritual.Meu desejo é que todos se encontrem num mesmo caminho... Em direção à casa do PAI!Que assim seja, Amém!Abraços ternos da Jady.
OLÁ Cintía Carinhosa e muito mais, amiga. Cá vim dar, num espaço onde gostarias de dar... mas descobres como isso é difícil? Só conseguimos dar o que os outros querem receber! A religião é um dado cultural, quanto mais religião, mais crença! Ora a crença é um dado primitivo, mas talvez o que nos criou homens e mulher, portanto o que melhor nos identifica? Diria que Sim, essa seria a minha resposta. Mesmo difícil, pois como provar a identidade dada pela Fé? Tentando transmiti-la. Sempre discordei disto, sou contra Missionários que levem Deus. Desde logo porque, Deus, sendo uma crença que como todas as crenças é a realidade de quem a tem, é uma ameaça às crenças dos outros. Não há Deus sem Papa, Padres e seus apaniguados. Tu não podes aceitar isto, pois isto vai contra a tua crença? Tenho a certeza que sim! Este é o motivo da minha crença não ser a tua mas podendo ser, pois se Deus é Amor, Verdade, Luz, é tudo o que procuro na Poesia.
Se quero seguidores? Quero, quere_ria... o meu espírito missionário é diminuto: di_minuto... assim como aparece, desaparece.
O que fica, o que permanece, são as memórias que mantemos, as que cultivamos. Na esfera humana, sempre social, para os outros eu gostaria de deixar e partilhar a amizade.
Vou reler este texto para deixar no meu blog, donde vim para agradecer teu comentário, presença e companhia.
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